top of page
Procure por Tag:
Nenhum tag.

COLABORE E DESENVOLVA ♥


Colaboradora Jessica Gomes, fot. Leticia Nascimento ♥

A frequência do número de Mulheres Pretas que vem se destacando durante o processo de desenvolvimento do Coletivo AfroCulture, esta sendo surpreendente, e nós repletas de amor e gratidão por cada sementinha que está sendo plantada com total afeto e empatia por cada uma de nós.

Está da foto acima, é a Jessica Gomes, uma de nossas participantes desde quando iniciamos a nossas atividades, e olha, ela nunca deixou de nos acompanhar. Suas idas até os encontros a fortaleceram bastante, e hoje ela é uma de nossas colaboradoras! #paraanossaalegria *-*

A preta é forte, repleta de conhecimentos, revestida de força e o que mais nos chamou a atenção em meio a tudo isso foi a sua determinação como Mulher Preta. Audaciosa diante as problemáticas, Jessica, assim como muitas de nós, também já passou por uma serie de coisas nada agradáveis para se tornar o que é hoje. E trouxemos um pouquinho do que foi tudo isso, e a sua transformação após entrar no coletivo. Conheça um pouquinho dessa maravilhosa, e se encoraje assim como ela fez.

Nome: Jessica Gomes,

1. O que é ser uma Mulher Preta para você?

Ser uma Mulher Preta pra mim é me olhar no espelho todos os dias sabendo que la fora existe um turbilhão de padrões que vão me oprimir e ainda sim acreditar e amar a minha singularidade, a minha ancestralidade. Ser Mulher e Preta é buscar a fundo meu verdadeiro eu, pois eu me tornei mulher quando me descobri e me aceitei como uma.

2. O que te levou a deixar o cabelo natural?

De inicio não era uma decisão deixa-lo natural, era só para ele se recuperar de tanta química, eu tinha medo de como meu cabelo ficaria se eu continuasse com química, eu me perguntava todos os dias como realmente era meu cabelo, me perguntava e se um dia eu não puder mais usar alisantes, chapinhas, foi dai que veio a ideia de deixa-lo crescer. Mais no fundo nem eu mesma sabia que teria coragem de continuar.

3. Quais os preconceitos já sofreu? Diante disso, o que aprendeu?

Houve uma época na escola que eu usava meu cabelo solto, e ouvi muitas piadas; "cabelo duro", "bombril" entre outros. Mais ai eu era muito impar nas minhas opiniões então o racismo e o preconceito sempre veio de forma muito velada. Aprender? Aprendi a ser mais forte a cada dia.

4. Aonde você conheceu o Coletivo AfroCulture?

Essa é a melhor parte da história. Quando eu decidi colocar tranças, eu busquei varias meninas que trabalhavam na área, e nenhuma me deu atenção que eu precisava naquele momento. Trabalhando no shopping eu sempre me olhava como uma garota impar, estilosa demais e admirava tranças, foi minha primeira referência como Mulher Negra Empoderada, que me ajudou tirando duvidas e que teve a ideia para que eu entrasse no grupo, a Samyra Santos.

5. Como era a sua visão diante das problemáticas antes de entrar no Coletivo?

Sinceramente falando. Não existiam problemáticas pra mim até então, eu não me via como mulher empoderada, como formadora de opiniões, eu era como um espelho que refletia aquilo que estava a sua frente, era tudo normal. Eu desconhecia muita coisa, apesar de ter a consciência de ser Negra, não era algo que viesse tão afundo.

6. Você aprendeu muito conosco, e isso é obvio, gostaríamos de saber qual sua posição em base ao seu empoderamento dentro do Coletivo.

Aprendi e aprendo.

Com base no meu empoderamento dentro do Coletivo, me tornei formadora de opiniões, eu me tornei voz, deixei de ser reflexo e me tornei espelho, me tornei mulher que fala, que busca saber sobre assuntos debatidos. Eu cresci junto com o Coletivo, ao mesmo tempo de coletivo é o tempo da minha transformação.

7. O que é o Coletivo AfroCulture para você?

O Coletivo é a minha família, que me acolhe, me dar a mão, que me ensina, que me deu e me da a chance de ser dona de mim, que me ensinou na prática a ser mais humana, a ser mais amiga, a ser mais Jessica, o Coletivo é pra mim uma soma de coisas maravilhosas, e sem duvidas eu nada seria sem o mesmo. Sem cada uma das meninas que estão junto comigo nessa luta.

8. Uma frase que te inspira:

Tudo é considerado impossível até acontecer.

Nelson Mandela

9. Qual sua referencia como Mulher Preta?

Eu poderia aqui falar de varias negras empoderadas e famosas Thais Araujo, Zeze Mota; mas a minha maior referencia como Mulher Negra que vivi a luta que se dedica a igualdade racial, Ana Paula Soares.

10. O que de fato te mantém firme nessa luta diária?

O que mantem a minha transformação que só quem realmente acompanhou sabe o quanto eu me transformei o fato de me sentir maravilhosamente bem, o conhecimento, o resgate da minha ancestralidade, a quebra de tabus, e o fato de ser hoje uma voz que muitas meninas buscam para se descobrir, para se aceitar mesmo indiretamente eu sei que eu posso tornar o mundo melhor para elas, com elas e por elas. É isso que me mantem. É com amor é com muito amor!

11. Diga as Mulheres Pretas a importância de defender esta bandeira Afro.

Eu acho que nem diria. Eu pediria para cada uma que se deu o trabalho de ler até aqui você já parou para pensar quantas vidas essa luta, essa bandeira já resgatou? Quantas meninas aí fora estão se amando, se valorizando e buscando conhecer sua ancestralidade? Você já parou para pensar que estar lutando por milhares e milhares de Mulheres que foram oprimidas e não tiveram voz como você, Mulher preta, tem hoje? Então somar forças não só dentro de coletivos mais la fora no teu dia a dia essa luta é sua, é minha, é nossa. É essencial a união de todas as manas, o conhecimento do real motivo do porque chegarmos até aqui.

SENTIRAM? *-* Porque nós nos arrepiamos do inicio ao fim com essas respostas! Forte né?

Um orgulho imenso poder lidar com essa maravilhosa, e esperamos muito isso de muitas outras!

Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito amor.

bottom of page